Sunday, July 25, 2010

Diferenças

Pessoas.
Eu as vejo e me emociono.
Não vou escrever nada que ninguém nunca tenha escrito.
Uma banca de jornal em cada esquina.
O trânsito caótico, os "marronzinhos" só canetando.
O relógio marca 29. Eu ja sinto o suor no meu pé de meias listradas.
Aqui em São Paulo as pombas não são tão gordas como as da Inglaterra. 3°Mundo.
Aqui até as pombas morrem de fome.

(…)

Paro e sento por um minuto.
Reflito bucolicamente.
E escrevo.
Até o "vrum vrum" dos carros aqui é mais sofrido.
Barulhento.
O freio do busão e seco, sem óleo.

As pessoas daqui são mestiças assim como as da Inglaterra.
Elas vêm de toda parte. Do Brasil. E do mundo também.
Estão concentradas aqui. Em São Paulo.
Sinto nostalgia.
Uma tristeza que ainda não dói, nem corrói no peito.
Sinto saudade. Do que não vivi. Por o que não passei.
Estou feliz.
Mas sei que vou chorar.

Propaganda

Paro mais uma vez.
Reflito.
Escrevo.
Aqui as propagandas, são carregadas pelos homens.
Lá, a gente só segura. E ainda reclama.
Aqui eles fazem por necessidade para alimentarem bocas.
Lá, a gente faz pra dar "uma voltinha".
Vejo Veneza na Paulista. Não. não é apenas uma lojinha, numa avenida cercada de bandeiras brasileiras.
As pessoas se aproximam, perguntam, pedem informação.
Uma flor cai, e eu me atrasando.
Deixa eu sair daqui porque tem xixi de ser humano escorrendo na calçada.

Saturday, July 24, 2010

Mordida

É muito difícil dizer,
porque sempre, eu penso em você.
Eu sei que tudo isso que eu digo pode ser mentira e que você nunca irá acreditar.
Você acha que eu sou egoísta, mesquinha, leviana, mas não é nada disso
Eu já disse a você, o discurso oral, verbal, não é o meu forte. (Sexo oral sim!)
Me derreto por você, de amores, de tesão, morro de medo. Mas me traduzo simplesmente em algumas linhas, que posteriormente são digitadas no computador.
Escrevo, e sinto fobia.
Não de você, mas da condução lotada, o calor de 45 graus, o assento de veludo, os turistas falando alto, sem ao menos perceber que existem pessoas normais e menos espalhafatosas que eles.
Os meus finais de semana ainda são preenchidos pelo suor, e quando devoto parte do meu tempo a você, um tapa na cara é o que eu levo.

Voce é grosso, insensato e não me ama.
E so quer me usar.
O pior (ou melhor!) É que eu quero que você me use e me abuse. Eu quero sentir a tua pele oleosa, o seu corpo quente.
Quero sentir a sua atitude, bruta, de me jogar na cama e me arranhar, me beijar e me morder todinha, até deixar marcas.

Friday, July 23, 2010

Antonio

Antonio momento.
Momento pensante.
Não sabe se fica ou se vive o instante.
Antonio vive as amarguras de um relacionamento desgastado, mas tem sete filhos com Eugenia e mais três com Catarina.

Antonio, esse é o momento.
De fugir de toda esta tortura, que te deixa na fissura e lhe proíbe de vivenciar os doce apimentados momentos que só a nossa vida serena nos proporciona.

Antonio. Tira a camisa.
Agora. Neste instante.

Deita na cama. Eu abro seu ziper e te acaricio.
Eu sinto o volume que está entre as suas pernas.
Ele endurece nas minhas mãos.
A sua boca começa a ficar seca de tanto desejo, mas o suor de tesão no seu corpo corre. Como um rio, você vira os olhos. Goza.
Se acalma e dorme.
Como os anjinhos.

Thursday, July 22, 2010

Vida

Já não me surpreendo mais.
O motorista do trem, e o ventilador como ar condicionado.
Os ambulantes correndo da polícia militar.
Mas o pão com mortadela que não vivi.
Saudades de algo que nunca senti.
Nostalgia.

Wednesday, July 21, 2010

Mercadão

Paro. Penso. Reflito.
Sao tantas as palavras, que como sempre parecem engolir o meu sentimento e a minha expressão.
Caminho. Paro. E penso.
Chego. Vejo a luz, e com ela, a palavra na sua origem.
Me deslumbro.
Retorno e tento não olhar para o chão. Não quero ver os ratos.
Como aquele sanduíche de mortadela. Ah! Que delicia!
O queijo escorrendo.
O pastel de bacalhau, minutos antes.
Vejo o Banespinha. Nosso local.
Um dia que foi, e esta agora, trancado no passado, nosso ninho de amor.
Como fui tola, boba, medrosa.

Tuesday, July 20, 2010

Aonde?

A caixa vibrando, what can I say? As palavras borbulhando…
Todo o pensamento vem à tona.
É entorpecente, mesmo não tendo nenhuma droga aparente, só a droga da decepção, do amor perdido, do coração partido, das minhas palavras.
Do corpo e dos sentimentos dados em vão.

Por que tanto sofrimento inapropiado? Inadequado.
Aquelas pessoas, no seu pensamento…
They ask why am I in so many places at the same time?

Monday, July 19, 2010

Discurso

Eu acho engraçado muitas vezes, como as pessoas me consideram louca.
Ou pelo menos acham.
Sou muito emotiva.

Boa nas palavras, mas péssima no discurso.
Alguns tomam as dores, outros acham que eu viajo.
Pois bem, pense o que quiser que eu não ligo.

Bem… às vezes eu ligo, eu me ligo quando você fala, e então eu acho que é sério, mesmo que na brincadeira.
Se você não toma as rédeas, eu tomo.
Mas não pressiono.
Me divirto. Dou risada. Sou pervertida. Não sou puta, sou amiga.
Lutadora. Batalho por você. Se necessário. Mas se não posso, não dou o próximo passo.

Vivo dos sentimentos vagos, corriqueiros.
Das recordações do passado.

Wednesday, July 14, 2010

Happiness

Oh, well, let me get start writing, otherwise I just forget my lines.
I am just happy.
Happy to be here, to see my man, to see he is well, I mean, he is alive and this is what matters most to me.
He is a free spirit, same as me. We are just different. We just come from different cultures, just that.
Who cares? I don´t.
I don´t bother.
I just wanna have a laugh. Be happy.
Live every tiny moment I get. Intensively. With him. With myself.
I haven´t found my way yet, but today I feel incredibly happy. Just!
Simple as it is.
Seeing you, the sea, just place my toes in the sea and be grateful that I am (still) alive.
I am just trying to find myself, where I am actually going to.
I know I am going somewhere, but just don´t know where. Yet.
There is a funny wallpaper in the room I am right now and I just got hooked on watching the Glastonbury gigs on the telly.
Just that.
Feeling lost.
Unsure of feelings towards me.
But incredibly happy.

Tuesday, July 6, 2010

Algumas vezes

É assim. Das poucas vezes que saio e que encho a cara. Acaba deste jeito.
Eu "borracha", bêbada, tentando voltar para casa mas sem vontade.
No caso, agora, não é porque estou depressiva.
É porque a trilha do trem não está funcionando. Não sei se realmente quero comer, mas se eu desejar que é, que você venha rápido.

Os meus pés - os dois - estão cansados.
Os velhos amores me intrigam para pedir uma resposta.
Me demorei.
Mesmo.

Friday, July 2, 2010

Felicidade?

Você quer que eu chore, ou posso me iludir, achando que estou sendo feliz?
Eu tenho sono e vontade de apagar, mas quero aproveitar os últimos instantes com você.
O câncer e a cólera já dominam todo o meu corpo.

Thursday, July 1, 2010

Passar por cima

Eu e meus medos!
Os grotescos que ainda continuam.
Ainda me firma o anseio de uma vida normal, de agir normalmente, ter meu espaço… NORMAL.
Saber que eu posso contar comigo mesma, e pleonasmos de lado, e poder escolher…
como já faço com várias coisas em minha vida..