Thursday, April 23, 2009

Lembrança

Você.
A última lembrança mais doce do meu momento numa esfera tropical.
Você.
Que mudou meu mundo, naquela fração de segundos, mas que me deixou voar e levar o meu próprio destino.
Você.
Alma anbençoada. Pessoa amada. Que num tempo errado. Cruzou o meu caminho.
Você.
Entre o céu e a terra.
Entre o meu passado inquieto e o meu futuro incerto.
A você, ficam só as palavras e os sentimentos mais doces que posso ter.
O seu carinho e dedicação, estão guardados naquela caixinha, pequenininha, lá no fundo, mas não esquecidos.
Sua presença, de forma suave, a memória mais branda.
Minha alma e sentimento, na torcida do seu sucesso constante.
Frutos de um merecimento só seu, da sua pessoa. Do seu esforço. Do seu caráter.
Nós dois. Passado.
Lembranças. As melhores.
Por favor, não se esqueça.
Você.
A mais doce lembrança.

Monday, April 20, 2009

Fernando

Essa é a estória de Lisbela e Florinda!
Ah.. me esqueci.. espera aí... volta a fita... tem o Fernando...
Ah.. é.. ih.. o Fernando... anyway, vamos lá. Começar!!!

Lisbela e Florinda se conheceram na segunda série... Foi como amor a primeira vista!
Uma defendia a outra, dividia o lanche e até dava porrada na molecada!
Lisbela foi fazer basquete e Florinda entrou no balé. É.. meio sem jeito, mas entrou...
Viveram muitos momentos juntas. A primeira baladinha, o primeiro cinema, o primeiro beijo.

Comunicavam-se ao telefone através dos mais intrigantes códigos e a mãe que passava do lado pra conferir se não falava de nenhuma peripécia sexual, não entendia bulhufas.
O papo podia virar até duas horas.
O pai xingava. Perguntava se estavam comprando fazenda ou investindo em gado... nada disso. Filosofavam essa vã vida aos 11 anos de idade.

Florinda sempre foi garota mimada. Não brincava de nada.
Aos 13 anos de idade, Lisbela precisou mexer a bunda e começar a trabalhar, pra juntar uns trocados para a faculdade. Que nunca iria cursar...

A mudança de escola. Os diferentes coleguinhas. A conversa no telefone ficou seca. O distanciamento.

A puberdade chega. E com ela os descobrimentos. E as intrigas. E as diferenças.
Lisbela conheceu um garoto pelo qual se apaixonou.
Florinda conheceu vários... E se apaixounou por todos eles! E foi pra cama com TODOS eles!!!

Até que um dia Florinda teve a bela e sarcástica surpresa! Um bebê de verdade estaria por vir...
Um mês, dois, três. E o bebê que era um virou dois.

Os gêmeos nasceram na Rússsia. Lugar escolhido por Florinda. Sempre sonhou em ter bebês russos. As bonecas agoram eram de verdade.
Julio e Mateus. Estes eram os nomes.
Ah,... já ia me esquecendo .... do Fernando...

Parte integrante e importante desta estória.
Fernando era rapaz de família pobre, que se sobresaiu no mundinho racista e preconceituoso daquela elite de cidade pequena. Ficou rico como arquiteto, mas tinha pensamento pobre.
Não foi pra Rússia. Não apoiou as idéaias loucas e desvairadas de Florinda. Fez ela comer o pão que o diabo amassou. (Ainda faz, mas ela não conta, nunca vai dizer nada e talvez só uma arma na cabeça dela pra admitir).
Lisbela morava na Thailandia quando descobriu a gravidez de Florinda. Preocupada, pegou não o primeiro, mas o segundo vôo e depois de 10 intemináveis horas pode presenciar o nascimento dos pequenos rebentos.

Deu comida, pão, água, e leite. E os ninavam todas as noites, incessantemente. Sem reclamar, com o afeto de mãe. Que nunca fora, mas que sempre sonhou.

Fernando ao saber da união de Lisbela e Florinda foi ao encontro da pobre esposa. Acusou Lisbela de estar roubando a sua esposa. Conquistando os filhos para conquistar o coração de Florinda. Para Fernando isso era (e ainda é) impossível de aceitar e admitir.

Não teve chance. Ao se depararem em uma festa, ambos bêbados, Fernando vociferou palavras esdrúxulas e vazias a Lisbela. Ela não se conteve, e com o álcool nas veias e na cabeça, a moça distinta disse uma pá de boas verdades ao carrancudo arquiteto, mesquinho e bem-sucedido.

Não teve jeito, o orgulho ferido era maior. O tiro foi certeiro. Na cabeça. Morte cerebral.
O enterro de Lisbela foi ontem.

Sunday, April 19, 2009

Geraldo

Sai fora Geraldo, você é carta fora do meu baralho já há muito tempo.
Só eu que não admiti que não queria você mais no meu jogo.

Tô cansado do seu blá, blá, blá Rita. O mesmo de sempre. Chorar pelo amor que nunca exisitu. Por que você se iludiu.

As cartas nunca foram lançadas à mesa. Você escondeu o jogo sempre Geraldo.

Rita, eu não me abro, é ilusão sua. Vivo em outro mundo. Um mundo que não lhe pertence.
Somos muito diferentes. Eu quero uma coisa e você outra.

Eu sei Geraldo. E é por isso que nunca demos certo. Nunca te amei, mas sempre me entreguei à você, cada vez, como se fosse o último minuto. Que te veria. Que te sentiria.

Eu me abri sim Rita, e você percebeu, você sentiu, eu estive mais próximo. O máximo que pude, o máximo que eu me dei.

Troco a roupa de cama, lençol, travesseiro, a roupa, a tolha de banho, o roupão.
Deleto seu telefone Geraldo.
Deleto todas as suas mensagens.
Deleto você da minha vida.
Como somos cínicos. Um com o outro.

Não devíamos ter feito nada desde a primeira vez que nos encontramos Rita. Hoje me arrependo. Amargamente.

Somos iguais. Mas tão diferentes ao mesmo tempo.
Duas almas perdidas. Entregues às suas paixões.

Nos perdemos. Para sempre. Um para o outro.

Você já sabia que isso iria acontecer Rita. Desde o começo. Mas eu nunca quis admitir, achei que o silêncio era o melhor remédio.

Tudo bem Geraldo. Não se preocupe. Eu estou bem, mas sei que não se importa com isso.
Eu vou superar, em sempre supero. Eu sempre batalho.
Eu caio, a ponta da lança bate no chão mas não me atinge. Você sabe disso Geraldo.
Aprendi com você.
Não me atinge mais.

Estou confiante. Vou mudar.
De casa, de emprego, de amigos, o corte a cor de cabelo. Até a conta bancária.

Vai dar certo, eu sei, vou me readaptar. Ocupar a mente. Não pensar em você.

O que eu já parei de fazer há muito tempo.

Adeus Geraldo. Pra nunca nunca mais.
Adeus Rita. Não vou voltar.

Saturday, April 18, 2009

Ser humano não sente saudade

Ser humano não sente saudade de pai, mae e amigo.
É tudo igual, a mesma coisa, o sentimento é o mesmo.
Ser humano sente saudade de amor. Principalmente dos amores fracassados.
Aqueles que não deram certo.
Ou então daqueles que que dariam certo, que valeriam a pena mesmo, mas porque ele ou ela já estavam casados, ou tinham um namorado, ou um compromisso com o cachorro, o gato e o papagaio, e por isso não deu certo.
Ser humano não sente saudade do que é fácil, do que está fácil e sabemos que é assim.
Tá alí , na mão, você fala sempre, vê sempre.
O amor fracassado, ou mal conquistado é mais desafiado, não é sempre que se encontra, que se fala.
Um esbarrão no museu, na rua, no orkut...

Na Ponte de Praga

São as palavras, promessas suas, não minhas.
Mas às vezes, QUERO acreditar nelas.
Daqui da ponte, vejo o nosso castelo. Os músicos tocam. Eu sinto.
Dessa vez eu não choro. Prometo que não vou chorar. Estou sendo forte. Como sempre tive de ser.
O dia é quente, a cerveja desce gostosa e o meu cabelo se esvoaça como o vento refrescante.
Penso uma, duas, três vezes, mas continuo escrevendo.
Aprecio a sua ausência, a cultura, as línguas estrangeiras, o gole da cerveja, a troca, as várias imagens que vão ficar no coração. As palavras doce. O sorriso do sol.
Vejo as imagens. Me entrego sempre à nostalgia do tempo que não existe.
Tenho fome. A bebida está quente. Quero você.

Garrancho

Você não consegue enxergar e perceber, ou talvez não demonstre, o quão grande é o meu amor e dedicação por você.
É um sentimento quase lésbico, mas que não coloco para fora porque não quero despertar a sua raiva.
Estou no night bus escrevendo estas palavaras para você.
Palavras que você não irá ler, nem ao menos perceber, pois não falamos a mesma língua.
Sinto vontade de vomitar. Misturei o remédio com a bebida para a dor no corpo e sei que isto não está me fazendo bem.
A letra está em garrancho e o ônibus dá muitas voltas.
A música destoante e as pessoas com cara de doente me dão náuseas.

Fora

Estar com você me faz pensar muito.
A falta de você, às vezes me sufoca.
Passado. Em tempo perdido. Que não volta mais.
Mas sei e sinto, dentro de mim, que consigo sobreviver sem a sua podre presença.
Falar de você e sobre você é sempre muito delicado.
Vem sempre carregado de muito rancor e nostalgia e quando estou mal, um aperto no coração que até me faz chorar e soluçar.
Rezo (às vezes) pela sua mísera existência, mas agradeço, cada minuto, por não estar perto de mim.
Não te perdi.
Te joguei fora.

Friday, April 17, 2009

Não dependa do TFL

Noite de sexta-feira, depois de uma semana extremamente cansativa, ainda um encontro por vir.
Saí do trabalho, passei em casa para deixar as compras do mercado (da semana) e devorei um miojo rapidamente - prato que vem me acompanhando já por 4 dias consecutivos, seguidos também da massa pronta esquentada no microondas degustada exaustivamente na hora do almoço.

Há meses optei por utilizar o ônibus londrino, por ser mais barato e demorar quase o mesmo tempo que o metrô.
Uma olhada rápida no website da TFL (Transport for London) e bang! Toca nós pegar o busão em direção ao norte... "Para o alto e avante!!!", mas não foi bem isso que acabou acontecendo.

O encontro marcado para às 21h45... Saí de casa com certa e boa antecedência.

Cheguei na estação. Esperei ansiosamente pelo ônibus.
Por míseros 3 minutos.
Não aguentei, fui em direção ao metrô.
£1.60 gastos e a garantia de chegar a tempo.
Mero equívoco... Quanta ingenuidade...
Picadilly Line. Ok.
Papo com o amigo ao telefone, até perder a conexão.
Chegando em Hyde Park Corner, a notícia que bateu no estômago... "We apologise for the signal failure"... Ó meu Deus...
Ok, tudo bem. Um ou dois minutos e eles resolvem.
Cinco, seis, dez minutos, e nada.
A decisão de voltar atrás e seguir na mal resolvida e sempre problemática Circle Line...
O esboço de uma rápida mensagem enquanto a conexão não existia e bang! again... a ligação...
A decepção... A minha e a dele....
Não vai dar mais tempo, não vem, esquece, vai ficar tarde...

Que raiva.
Devia ter ido de ônibus...

Friday, April 3, 2009

Mais uma cerveja

Eu queria ter tomado mais cervejas com você.
Ao céu aberto, todo mundo vendo, apreciando a gente, “morrendo de inveja”!!!
Não só naquele bar que nos encontramos apenas uma única vez, mas em TODOS os bares daquela cidade, que guarda tantos segredos nossos.
As salas, o laboratório, o teatro, o jardim, a calçada, a escada.
Não esquecerei.
Os encontros e os mais possíveis desencontros.
Eu me descabelei por você.
Eu vivi você.
Respirei você.
Deixaria tudo por você.
Hoje não mais. Você sabe disso.
Eu também.
Você está em outra sintonia. Outro movimento.
Mudança. Mudado.
Fico feliz.
Mas ainda gostaria de beber outra cerveja com você.

Branco

Ô Branco! Que saudade boa de você!
Nós dois!
O papo bobo, sem pé nem cabeça, mas que só nós dois entendemos. O fio da meada, os pés pelas mãos, a música de uma nota só.
Não nos vemos mais e nossos reencontros são sempre muito rápidos, através de um mundo virtual, cheio de janelinhas e várias portas.
Um mundo que só eu e você sabemos e pertencemos.
Dividir com você é como partilhar um coração puro. Cheio de amor. Uma alegria ridícula de boa, como os grãos de milho, que pulam na panela até virarem uma gorda pipoca.
Seu soriso gostoso, a gargalhada macia e sem malícia... Tudo registrado no meu banco de dados.
A sua honestidade estampada no seu semblante. O meu amor eterno por você, cravado no meu coração.
Te amo.

Rita

Rita! Que saudades de você!
Como você está diferente. Distante. Mais segura de si. Bonita!
Ah Rita!
Como eu gostaria de poder lhe falar essas palavras todos os dias. Murmurá-las com a minha voz suave no seu ouvido.
Foi muito bom sentir o seu corpo.
O toque das pontinhas dos seus dedos nas minhas costas. Aquele toque que só você tem, que me faz ficar arrepiado de cima até embaixo.
Você sabe que eu sentirei saudades.
Do seu abraço. Gostoso...! Que só você sabe dar!
Quem é que vai substituir você, ó doce Rita?
Ninguém, pois você é a única. No meu plano. Nos meus sentimentos. No modo de demonstrar o meu amor contido por você.
Foi bom sentir o seu corpo e a sua pele, mais uma vez, depois de tanto tempo.
Como se tivéssemos nos visto o mês passado.
Até parece que foi ontem. Agora temos tempo e espaço.
O seu cheiro de mulher, quente, safada e ao mesmo tempo puritana, que me encanta e eu me apaixono.
As nossas pernas entrelaçadas, umas nas outras, o beijo, intenso, os olhos, fechados, o pensamento em êxtase. O suor percorrendo o caminho do meu umbigo.
A sua mão na minha coxa e eu ficando louco. De paixão. De tesão por você.
A cor dos seus cabelos mudou, e eu só percebi agora, quando olhava nos seus olhos, profundamente, sob a luz da lua cheia e um céu azul escuro bonito, recheado de estrelas.
Agora vejo a vida de uma forma diferente.
Nada mais está por um fio. Não sou o mesmo de antigamente.
Te amo mais, a cada segundo.

Importância

Não sei se você se importa, assim, tanto comigo.
Eu sinto frio nas coxas e no pé, mas você não tem o poder e o prazer de me esquentar.
Borro a maquiagem.
Você quer que eu publique a minha vida num outdoor e faça propagandas da minha initmidade a um público que não se interessa pelo meu folhetim?
Será que você, realamente, se interessa por mim?
Ou será que fazes isso por uma mera questão de protocolo, pra fazer um “social” e acreditar que és Madre Teresa de Calcutá?
Se não tens intenção de seres profundo, de se aproximar ou se desabrochar para mim, então se afaste.
Gosto de ti. Sabes disso. Mas ainda não descobri que energia é essa que me faz afastar de ti.
Algo está errado. O que é?
Essa mensagem é pra você.