Thursday, May 1, 2014

Mariluce

Mariluce se sente perdida. 
As palavras fogem. 
Encontra-se num sentimento de solidão e escuridão profundos. 
Acredita em Deus, nas energias positivas que regem a vida, mas ainda não acredita totalmente em si. 
Não se permite a permitir-se. 
Pode por horas ficar ali, escrevendo. 
E os pensamentos correm. 
Frenéticos, incessantes. 
Mas não ágeis no sentido de solução, movimento.
Sente-se inerte, parada, precise de palavras, do caderno, de um tato, do toque, do abraço. 
Precisa de carinho. 
Precisa e necessita ser tocada. 
Não por ela. 
Não consegue

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