Eu observo. As pessoas. Elas passam.
Eu fico. Elas me observam. Como se eu fosse um alien.
Observo o rapaz, claramente. Camisa vermelha, all star, cabelinho com gel, chiclete na boca, "pagando uma de gatinho".
"Chaveca" um grupo de meninas de New Jersey. Sem sucesso. Retorna. Passa de novo.
Um grupo de indianos passa. Outro grupo de espanhóis bobos, arriscando falar um inglês porto- riquenho. Não se esforçam. O mundo pra alguns deles é assim.
Eu só, egoísta. No centro. Do meu umbigo.
Eu não vejo. Eu ouço. Eu sinto a brisa fria. O ronco seco dos carros, o meu nariz sangrando. As sacolinhas da loja cara de playboy que a pobretada vai pra comprar um souvenir.
Tudo é feito de plástico. De fantasia.
Uma mágica que não me encanta mais. Me dá um nojo.
Eu escrevo. Eu não vejo. Eu sinto. Nojo, medo e frio.
2 comments:
Adorei esse post, gosto quando consigo imaginar perfeitamente o que estou lendo.
Contradição Constante...sinal de ser humano pensante!!
aquela frase:
"Pois melhor do que morar aqui, é voltar para cá. Melhor ainda do que voltar para cá, é partir daqui e assim por diante, numa relação que não se resolve nunca".
Gostei muito de ler o q passa por essa sua cabeça...e sei como é tudo isso...talvez nao ne mesma intensidade..do mesmo jeito... mas eu sei como é!
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