Tuesday, June 8, 2010

Vozes

Hoje foi o dia das vozes estridentes.


Enquanto formulo as frases, sento-me ao lado de 3 francesas. Totalmente barulhentas.

O restante dos "commuters" no busão sem entender uma palavra, e a concentração indo pro saco, e elas na tagarelação constante.

Do meu francês paraguaio, as únicas palavras foram "merde" e "pourquoi".


Se já não bastasse, o dia foi longo.

No primeiro serviço, a francesinha que eu adoro me pegou pra Cristo. Reclamou do meu cd da Vanessa da Mata, retorceu o nariz para a coletânia da Macy Gray e ainda me deu uma cadeirada no cotovelo esquerdo enquanto ambas utilizávamos o computador no escritorio.


Extra responsabilidade na madrigada de hoje.

Produzir as iformações da semanais de todas as concessões e no carro ao lado, toca um "rap" mais do que alto.


Já sou atrasada. Uma hora, e o trânsito caótico. No primeiro busão, três distintos senhores - não sei a qual País pertenciam, e isso tão pouco importa - que cheiravam mal, gritavam, em um língua que eu não entendia e muito menos distinguia.


Gritos, suor, Rand B, rap, cheiro…

Por fim, levantei-me, uma senhora já de boa idade necessitava do assento.

Dois pontos depois, as francesias barulhentas descem. Enfim, paz no coletivo. Um senhor mais do que educado me chama, e assim eu volto para o meu lugar e nós dois nos acomodamos confortavelmente nos assentos que antes pertenciam às francesas.


Dia estressante. Não deu tempo de fazer nada direito e ainda há muito para se terminar. Fazer coisas que não aprecio mais.


A minha esperança é para aonde o meu destino me levar até às 11 horas da noite.


O prazer e a felicidade de estar envolvida (mesmo que não completamente) em algo que gosto e me satisfaz.


Estarei cansada.

Esgotada.

Não tem problema.

Amanhã é outro dia.

1 comment:

Rodrigo said...

Enfim, "nada como um dia após o outro", hahah não vejo o menor sentido nessa frase, pois detesto monotonias, ótimo texto, passa lá no meu blog também, abraços!

http://palavrasexiladas.blogspot.com