Saudades de uma cidade em que nunca vivi. Uma saudade que sem saber, teve início aos dezesseis anos de idade.
Nostalgia de momentos. Reflexões.
Lágrimas angustiadas ao ter de voltar ao meu mundo real. Um crime.
As fotos no Carandiru, as andanças pelo Mercadão. A Sé, o Banespinha e muito mais.
A estação Vergueiro. O pastel, um copo de garapa. Meu almoço.
Ai que felicidade!!! E eu sabia que era feliz. Eu tinha certeza disso, mas por fruto de imaturidade, nunca desbravei as maravilhas da Terra da Garoa.
As paradas gays que não fui, cada lugar novo que conhecia e que me apertavam o coração, porque sabia que não pertenceria à tudo aquilo. Naquele momento. Não naquele instante.
Resolvi voar. Vôos mais altos. Bem longe de São Paulo.
Como diz a música: “Alguma coisa contece no meu coração...” e acontece mesmo. É inexplicável o sentimento.
Na época do colégio, uma cartinha. Recebida por um amor adolescente..
Na carta, a letra da música, Sampa, até hoje, guardada entre as frases loucas do caderninho azul. Intacto.
Acho que nem ele lembra-se mais que me deu.
O cachorro de pelúcia está aqui comigo. Na minha cama. Me fazendo companhia.
Pertenço a São Paulo. Mas você nunc accreditou em mim. E depois numa louca fúria de traição aos meus pensamentos, você se foi. Mas eu não estava com você.
As ruas, a vida frenética e sem respiração. A poluição. Os tantos amores que lá deixei.
Hoje estou cercada de amigos. Aqui e lá. Pessoas que estão no meu coração.
Ainda vou me curar desta doença. Essa angústia no meu peito farto e grande, toda vez que me deparo com fotos, vídeos, cenas, pessoas que por lá estão de passagem.
“Por favor... – a todos digo – mande um beijo a São Paulo por mim!” A mamãe sabe disso!
Volto. De vez. Em breve. Para São Paulo.
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