Thursday, May 7, 2009

Ações

Como ração de cachorro.
A minha ração não tem gosto de nada.
Tem gosto de desgosto.
A moto no meio do caminho, no meu caminho.. bem na entrada dos meus pensamentos...
Eu escrevo e choro.

Choro o momento de incapacidade e letargia. E medo.
Continuo comendo a ração e ainda não sinto o gosto. Só o desgosto. Não vou fazer nada. Vou lá, na sacola, sacar mais uma caneca da comida que está lá, estocada há meses, quem sabe já não esteja vencida.

Não tenho medo das palavras. São as ações que me incodam e condenam. Ou pior, a falta dela.
O sol não brilha mais. Foi tudo apenas um flerte do sorriso do Sol. Se foi e não promete mais voltar.
Seguir a três não é possível. Ou sigo com você, ou não sei, porque sozinha eu não tenho forças.

Não me lembro do nosso primeiro beijo, e me envergonho disso. Puramente. Você realmente se lembra?
As minhas eternas desculpas e você mais uma vez saindo por cima da carne seca.
Por que faz isso? Comigo...
Carrego a eterna cruz dos erros adolescentes deixados no passado?
Eu me tornei diferente assim como você.

Você.......
Como sempre, seguro de si.
O momento vai se encarregar de que mais uma vez os nossos caminhos sejam desviados.

Eu recebo as mensagens no celular e não tenho mais força de respondê-las. Antes eram as ligações, que hoje eu atendo. A situação se inverte.

Quero gritar, explodir, dar um tiro na sua cabeça. Te estrangular.
Faço tudo por ti. Os seus relatórios, os memorandos e as reuniões às segundas-feiras no período da tarde. E você não vê isso. Por quê? Porque está muito ocupado..........

Nada faz sentido e não quero que faça.

Elas fofocam.
Eu já até perdi a fome.
Eu sinto raiva.
Descobri – através de uma mensagem de texto – que está grávida.
E a noite, você prometeria que iria me ligar.

Tudo e todos... Os gritos, os choros. O cansaço. O sentimento isolado e retraído.
Até quando?

Vou dormir.
O dia já acabou.
Mais uma derrota.
A caminhada é longa. Penosa.
Os pés dóem e o corpo coça. Inteiro.

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