Sai fora Geraldo, você é carta fora do meu baralho já há muito tempo.
Só eu que não admiti que não queria você mais no meu jogo.
Tô cansado do seu blá, blá, blá Rita. O mesmo de sempre. Chorar pelo amor que nunca exisitu. Por que você se iludiu.
As cartas nunca foram lançadas à mesa. Você escondeu o jogo sempre Geraldo.
Rita, eu não me abro, é ilusão sua. Vivo em outro mundo. Um mundo que não lhe pertence.
Somos muito diferentes. Eu quero uma coisa e você outra.
Eu sei Geraldo. E é por isso que nunca demos certo. Nunca te amei, mas sempre me entreguei à você, cada vez, como se fosse o último minuto. Que te veria. Que te sentiria.
Eu me abri sim Rita, e você percebeu, você sentiu, eu estive mais próximo. O máximo que pude, o máximo que eu me dei.
Troco a roupa de cama, lençol, travesseiro, a roupa, a tolha de banho, o roupão.
Deleto seu telefone Geraldo.
Deleto todas as suas mensagens.
Deleto você da minha vida.
Como somos cínicos. Um com o outro.
Não devíamos ter feito nada desde a primeira vez que nos encontramos Rita. Hoje me arrependo. Amargamente.
Somos iguais. Mas tão diferentes ao mesmo tempo.
Duas almas perdidas. Entregues às suas paixões.
Nos perdemos. Para sempre. Um para o outro.
Você já sabia que isso iria acontecer Rita. Desde o começo. Mas eu nunca quis admitir, achei que o silêncio era o melhor remédio.
Tudo bem Geraldo. Não se preocupe. Eu estou bem, mas sei que não se importa com isso.
Eu vou superar, em sempre supero. Eu sempre batalho.
Eu caio, a ponta da lança bate no chão mas não me atinge. Você sabe disso Geraldo.
Aprendi com você.
Não me atinge mais.
Estou confiante. Vou mudar.
De casa, de emprego, de amigos, o corte a cor de cabelo. Até a conta bancária.
Vai dar certo, eu sei, vou me readaptar. Ocupar a mente. Não pensar em você.
O que eu já parei de fazer há muito tempo.
Adeus Geraldo. Pra nunca nunca mais.
Adeus Rita. Não vou voltar.
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